
Banco do Brasil (BBAS3) aumenta exposição ao risco para obter margens maiores
Banco do Brasil (BBAS3) aumenta exposição ao risco para obter margens maiores; Em teleconferência para discussão dos resultados do segundo trimestre de 2022 da empresa, os executivos do Banco do Brasil (BBAS3) reafirmaram o compromisso da empresa em ampliar as margens de lucro para manter a competitividade. “Identificamos uma lacuna e a preenchemos alcançando a paridade com os melhores desempenhos do nosso setor”, disse o CFO Ricardo Forni quando questionado sobre o sucesso da empresa.

Com isso, o BB está mais disposto a assumir riscos. Segundo o CEO Fausto Ribeiro, o banco pretende crescer entrando em novas linhas de negócios mais arriscadas em troca de maiores lucros. Ele descreveu todo o processo como “um processo de aprendizado contínuo para ajustar nossos modelos de crédito altamente qualificados”.
A originação de crédito é um ponto forte, de acordo com Paula Teixeira, vice-presidente de gestão de risco do banco. Era a sua língua nativa “A excelente classificação de risco da nossa carteira é de 93,13 por cento.
Em conjunto com os resultados financeiros do segundo trimestre, o Banco do Brasil divulgou a distribuição de mais de R$ 2 bilhões em lucros (dividendos e juros sobre capital próprio). Durante a teleconferência, os acionistas perguntaram se os executivos do banco planejavam aumentar o pagamento de dividendos em um futuro próximo.
Nosso payout, segundo Fausto Ribeiro, garante o crescimento dos ativos e a preservação do capital.”
Atualmente, o modelo de mix ideal pode garantir uma taxa de retenção de clientes de 60%. Ricardo Forni me garantiu que um bônus maior nunca passaria despercebido.
Ribeiro atribui o sucesso do banco à sua nova gestão, que se concentrou em áreas onde o banco “não era mais protagonista”, como comércio internacional, agricultura e pequenas e médias empresas.
Além de aumentar o número total de empréstimos incobráveis, os “bancos” devem aumentar as provisões para inadimplência em seus balanços. A equipe de pesquisa do JP Morgan prevê que empréstimos ao consumidor e cartões de crédito não garantidos permanecerão sob pressão devido à alta inflação e ao endividamento das famílias.
Os bancos podem ter dado sinais de expansão de margem entre abril e junho deste ano, segundo especialistas. As instituições financeiras, segundo analistas do Bradesco BBI, “continuam a se expandir em segmentos de maior risco, onde alcançam spreads mais amplos”.
Segundo a XP, à medida que as taxas de juros sobem, o custo do crédito aumenta, resultando em um aumento proporcional da margem financeira bruta das empresas. De acordo com o relatório, destacam-se as linhas de consumo e agronegócio.
Segundo o economista,
os bancos com maior proporção de linhas de crédito de varejo arriscadas sofrerão uma desaceleração e inadimplência mais severas. No entanto, à medida que o risco aumenta, o mesmo ocorre com o spread e a lucratividade da linha.

Analistas da empresa prevêem que o aumento da pressão sobre os custos de financiamento “mais do que compensará o aumento da redefinição de preços dos ativos e do mix de crédito”. O BBI observa um aumento de 13,4% nas despesas provisionadas como resultado da deterioração da qualidade de crédito do período.
De acordo com a análise do JP Morgan, as áreas rurais respondem por 29% dos empréstimos do Banco do Brasil, indicando que o banco tem presença e exposição geográfica significativa nessas áreas. A entidade de pesquisa projeta um RIL de R$ 15,72 bilhões e um lucro e prejuízo de R$ 3,8 bilhões.